O petróleo subiu à cabeça de Lula. Inebriado pela descoberta da província petrolífera de Tupi, Lula exagera no cacarejo. Ou segura a onda ou acaba tirando do brasileiro o gosto pela expectativa do ovo que a Petrobras promete botar.
Um dia depois de ter sido apelidado pelo compañero Hugo Chávez de “magnata do petróleo”, Lula disse o seguinte: “Logo, logo o Brasil vai participar da Opep. E obviamente que se o Brasil participar da Opep nós vamos brigar para que baixe um pouco o preço do petróleo, porque é uma das contribuições que os países ricos em petróleo podem dar.”
Ora, o óleo farejado pela estatal brasileira encontra-se a cerca de 7 mil metros de profundidade. Estima-se que serão necessários mais dois ou três anos para comprovar a sua capacidade real de produção. E mais quatro ou cinco anos para trazer à tona, em volumes expressivos e a custos competitivos, a riqueza submersa.
É tempo suficiente para que Lula complete o seu segundo mandato, dê posse ao sucessor e desfrute da aposentadoria de quatro. Depois, se os votos ainda lhe jorrarem das urnas e se as previsões da Petrobras se confirmarem, talvez possa sonhar com a filiação à organização dos países exportadores de petróleo a partir de 2014. Até lá, bem que poderia deixar o brasileiro festejar em paz uma promissora perspectiva de êxito.
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